Um tombo
do lombo
é um rombo
no chão.
Eu caio,
mas saio
com a crina na mão.
Eu sou vale, sou montanha,
sou água de cachoeira.
Sou um salto para o alto
mergulho na polvadeira.
Na gineteada da vida
a gente cai e levanta.
Há sempre nova partida
pra quem cai e não se espanta.
Na gineteada do amor
quem montou sabe a verdade:
no galope da paixão
vem o tombo da saudade.
A gineteada da morte
é um escarcéu tão violento
que o ginete sobe ao céu
se enterrando chão a dentro.
Um tombo
do lombo
é um rombo
no chão.
Eu caio,
mas saio
com a crina na mão.